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13-12-2005

Os direitos humanos representam hoje em dia valores universais


Editorial - Hipocritamente

O Governo dos Estados Unidos da América tem estado sob ataques por causa da tortura de que é acusado de infringir aos presos que mantém em vários locais de detenção.

Desde o início da guerra do Iraque, que os EUA criaram, na ilha de Cuba, mais propriamente na Base de Guantanamo, uma prisão para os capturados na guerra e na sua luta contra o terrorismo internacional.

Desde o início, que houve suspeitas de tortura sobre esses prisioneiros de guerra, e sempre mal, em minha opinião, o governo de George W Bush recusou a fiscalização de agências internacionais dos direitos humanos.

Os direitos humanos representam hoje em dia valores universais e não admitem capitulações casuísticas.

O facto de, hipocritamente, haver governos que, consoante as necessidades do momento político, violam essas regras de conduta humanitária, protelam intervenções humanitárias, sugestionam outras. É simplesmente inadmissível. Mas todos sabemos que não é assim e, infelizmente, nós portugueses verificámos bem essa política de interesses, essa política de imagens bonitas, mas de maus fígados, com o triste exemplo que todo o mundo deu na invasão de Timor. Até o nosso governo (de brincadeira) da altura, capitulou nessa calátide, mesmo que só na retórica porque armas e defensores seria parecido com a triste figura que Salazar fez na Índia.

Mas nenhum País está isento de culpas nestes assuntos. Como diz na Bíblia ninguém pode começar a atirar pedras sem quebrar os seus vidros de arrogância e prepotência mesquinha e de interesse passageiro.

Agora, aparece o episódio dos aviões que transportam presos ditos políticos ou de guerra e que sobrevoam e aterram em toda a Europa sem conhecimentos prévio dos governos de cada país. Diz-se que se compromete a Convenção de Genebra. Não sei, não conheço a dita convenção em detalhe, mas admito que sim. Mas, que diabo, se são prisioneiros de guerra têm que os levar para algum lado. Se os tratam mal, se não deixam fiscalizar as suas condições de presos aí sim, o caso muda de figura.

Mas quem serão os mais falsos: aqueles que violam a dita convenção, a coberto da sua guerra, contra os terroristas transcontinentais ou aqueles que assobiando para o céu, e talvez quais gauleses com medo que o azul estrelado lhes caia em cima, estão a passar um certificado de incompetência aos seus serviços secretos que não sabem, imaginem, que existem aviões a passar por cima da nuca.

No caso Português, até sabem que, desde Março, altura da tomada de posse do governo, não houve avião ou avioneta que cruzasse o território nacional com esses viajantes. Está-se mesmo a ver que a CIA, se a missão fosse realmente secreta, ia avisar pessoalmente Freitas do Amaral. Eu até estou convencido que os avisaram a todos e que os serviços secretos europeus têm conhecimento das rotas, das paragens, dos ditos centros de detenção, etc.

Mas dá muito mais jeito assobiar para o ar, dar um ar de palerma despercebido, deixando que a guerra suja seja feita pelo Bush. Ele até só tem mais um mandato e assim ficamos bem na fotografia da hipocrisia.

António Granjeia*
*Administrador do Jornal da Bairrada


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